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Archive for janeiro \27\America/Sao_Paulo 2011

Troque a enganação pela verdade

Muito esta acontecendo no meio cervejeiro brasileiro. Pessoas revoltadas que a área esta ganhando novos adeptos e crescendo – juro que não entendi a revolta. Dizem que é por trazer picaretas, mas, até onde me consta, isso há em todos as áreas de mercado e não são eles que acabam com elas, mas sim problemas cada vez maiores com o Governo e nossas verdadeiras cervejas que “Nunca serão”; cervejeiros artesanais brigando entre si pra saber qual a melhor escola cervejeira, enquanto os “grandes” – Ambev, FEMSA e outros – enchem os bolsos de dinheiro e ganham mais bitolados com lavagem cerebral.

Esta semana, lendo um dos mais novos livros sobre cerveja, “Cerveja e Filosofia” , matutei muito sobre a atual cena cervejeiro do país e como podemos muda-lá. Em um dos capítulos, Garrett Oliver, Mestre – Cervejeiro da Brooklyn Brewery, compara a produção e degustação de cervejas com a “Matrix”. Para ele, o que pensaríamos que seria uma cerveja de verdade, na realidade (?) não seria. Mas o ponto que aqui quero chegar é sobre o capítulo onde Dale Jacquette fala sobre a autenticidade da cerveja e o quanto estamos sendo enganados pelas cervejas de massa.

Estamos sendo corajosos ao revolucionar a mente dos consumidores com novas cervejas no mercado, principalmente quando só ouvimos falar de cerveja quando é aquela “água de barrela” – como dizem os manézinhos. Essa inovação é boa, mas temos que tomar muito cuidado ao querer mostrar que aqui o que muitos tomam não é cerveja e sim água saborisada. A nossa cabeça funciona muito com a estimulação e  lembranças, e não será empurrando goela à baixo, ou tratando o degustador como um idiota que não sabe de nada, que ele começará a apreciar a dita cerveja especial.

Não podemos discutir gostos pessoais, mas podemos discutir um padrão de qualidade e produção. De como ela é feita e de como  chegará até o cliente. E isso é motivo parar muita discussão, mas vou me deter a poucos detalhes.

Qualidade e produção são duas coisas que andam juntas. Se não seguir critérios rigorosos na produção, há chances de seu produto sair com qualidade inferior a de um com critérios rigorosos. Outro grande aliado da qualidade é a matéria-prima de boa precedência. E é neste ponto que quero chegar aqui.

Lendo o capítulo de Oliver comecei a perceber o quanto enganado é o público que toma as bebidas produzidas em massa como cerveja. Digo isso pois,  muitos produtos são de péssima qualidade e carga excessiva de química é introduzida até chegar ao consumidor. Começando pelos maltes, que são de tão péssima qualidade que se insere arroz e milho não maltados para baratear o produto, chegando na mesa do consumidor com preço super reduzido e mascarando algumas imperfeições do malte base. O lúpulo, que caracteriza o amargor da cerveja, colocados nestas “cervejas”, são na verdade extratos de lúpulo, de péssima qualidade e sabor. E parar mascarar tudo isto, ela é filtrada com carbono ativado – ou duas vezes filtrada a -2ºC, como aquela “cerveja” que vem na bola de neve –  parar retirar com ele todas as impurezas – e haja impureza.

Sabe aquela espuma que você tanto detesta na cerveja? Pois então, até ela é “montada” nestas enganações chamadas de cerveja. Os ingedientes e processos que geram a espuma são de tão péssima qualidade, que ela é gerada com uma substância parecida com sabão, chamada de heading liquid.

Poderia delatar mais barbáries feitas nesta bebida, mas, somente nestas citações, você já pode ver o quão enganado é e quão rico, rindo da sua cara, os fabricantes destas bebidas estão. Nem na justiça poderiamos colocá-los, por infringir o código de defesa consumidor, pois não temos leis tão claras sobre a cerveja no país.

Cervejas de verdade são constituídas de água, malte, lúpulo e fermento. Claro que em alguns países elas são temperadas com outros cereais na formulação, mas esses não são grande maioria, diferente das ditas cervejas, que chegam a ter 60% de outros cereais além do malte base.

Cervejas bem produzidas são caras, não porque querem ganhar em cima e, como alguns acham, ser uma bebida exclusiva, mas pelos ingredientes usados: caros e de qualidade superior. Portanto, se querem saber como é realmente uma cerveja, procurem começar com cervejas leves, como a Pilsen, por exemplo, e tentar perceber todas as diferenças lá encontradas, comparando com aquela que dizem ser cerveja.

Não se deixem enganar pelas megas publicidades. Procurem qualidade e não quantidade. E cervejeiros, vamos parar de briguinhas de primário e mostrar para TODOS o que é uma boa cerveja, seja ele “bebedor de rótulo” ou por modismo.

Foto de Michele M. Xavier

Curso de Sommelier em Cervejas no Sul do País

Um pouco triste com o caminho que esta se tomando o campo da cerveja no Brasil, e já desiludido com a gastronomia no país, trago boas novas para o Sul. Em parceria com a Associação Brasileira de Sommeliers de São Paulo (ABS-SP), o site Mestre – Cervejeiro traz para Curitiba o curso de Sommelier em Cervejas. O curso será ministrada pelos professores e juízes de concursos internacionais Alfredo Ferreira e Kathia Zanatta.

O curso terá como objetivo amplificar o leque de variações no meio cervejeiro, tanto para quem tem a cerveja como uma prazerosa bebida, como aqueles que tem ela como seu ganha pão. Isso fará com que tenhamos pessoas mais experientes  e, com muita sorte, sem preconceitos  no meio cervejeiro em seu geral, identificando cada peculiaridade desta bebida que esta se tornando preferencial por muitos brasileiros.

Também possibilitará o formando de trabalhar em importadoras, bares e restauirantes, ministrar palestras e divulgar a cultura com mais saber e culhão.

Daniel Wolff, um dos coordenadores do curso e administrador do site Mestre – cervejeiro, é formado na primeira turma do curso no Brasil, realizada em São Paulo no ano passado. elel já tem a formação de sommelier em vinhos e já escreve sobre cerveja a muitos anos e diz que o curso é um bom caminho para entender melhor sobre a bebida e tirar as pessoas do achismo.

As inscrições já estão abertas pelo e para participar basta entrar em contato com a coordenação pelo e-mail cursos@mestre-cervejeiro.com. O curso terá o custo de R$ 1.600,00 (que poderá ser parcelado em 3x) e o curso só ocorrerá se houver no mínimo 30 inscritos das 50 vagas disponíveis. Serão 60 horas aula e quem terminar o curso, passando pela prova final, receberá certificação de Sommelier de Cervejas pela ABS – SP.

O curso tem apoio da cervejaria  Klein Bier, importadora Beer Maniacs e Arena Turismo.

Eu, se tudo der certo, estou garantindo minha vaga para a partir do segundo semestre entrar no mercado com força e sem achismo. Não perca tempo e corra para garantir sua vaga. No segundo semestre o curso trará mais novidades para o Sul.

Fotos: Divulgação

Italianas no @M_Cervejeiro

 

Depois de alguns dias de folga, estou de volta para um convite. O ano foi de muitas cervejas, um começo de revolução no meio cervejeiro e 2011 não pode ser diferente. E um dos primeiros eventos do ano, é a degustação de uma das mais novas escolas cervejeiras e que esta vindo a todo vapor com suas produções.

Estou falando das cervejas italianas. Mais especificamenta do “Birrificio Del Ducato” na comuna de Roncole Verde di Busseto, que produz suas preciosidades desde 2007 e que já acumula grandes prêmios. E como grande maioria das cervejarias da Itália, vem com muita ousadia, com composições como alcaçuz, maturação em barricas de vinho, camomila e outros iguarias.

Estas belezinhas do outro lado da cultura italiana, serão a estrela principal em uma noite de degustação na loja Mestre – Cervejeiro de Curitiba e estarão na companhia de belos queijos. O evento acontecerá na noite do dia 17/01 as 19h.

Você terá mais informações aqui.

 

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